quarta-feira, 11 de junho de 2025

UM MUNDO PARANÓIDE - 2

Numa análise do desejo o militante da extrema direita ou o crente da extrema direita (o que dá no mesmo), adota, carrega e goza uma visão paranóide da realidade. Trata-se de uma imensa e coletiva bolha de egos mantida com proteção hostil e armada. Fabrica um inimigo onipresente que Deus ajuda a vigiar. E punir. A extrema-direita funciona como "remédio social" já que prega uma revolução às avessas. Tudo às custas de uma grande faxina imaginária das mentes emporcalhadas. A produção mental é insana. Está prenhe de teorias conspiratórias e é exemplo de acesso fácil mas assustador ao plano da realidade da Terra. Expressa um fluxo afetivo deliróide  funcionando em escala industrial. Há uma linha de montagem para almas desalmadas. A fratura da linguagem já está exposta. Isso não cessa, isso não pára, isso não cede, isso mata: se se pede socorro à semiologia  psiquiátrica, o diagnóstico escancara: Uma psicose coletiva assombra a alma burguesa disfarçada de cristã. Ou o inverso. Enfim, a profecia (não a dos profetas) cumpriu-se: o capital, como fazem os vampiros, encarnou-se na economia do espírito: No return.  A internet é pródiga. Com paciência confira seus algoritmos.


A.M.

5 comentários:

  1. E a extrema esquerda é a hipocrisia pura. Adora o capital ( grana ) e finge que não. São demonios encarnados e encomendados pra dominar e grana...muita grana no bolso.

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  2. Cansei de extremo esquerdista romantico.

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  3. Há um erro semântico. O capital não é a grana. É muito mais. O capital é um tipo de relação social assassina e predatória. Envolve tanto o corpo quanto o espírito. Nada lhe escapa. É o puro horror.

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  4. Se "esquerdista romântico" é dirigido a mim, sou o inverso disso. O romantismo na política é uma praga que inclui as esquerdas também. Infelizmente.

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  5. O capital é um vampiro pós Drácula. O conde Drácula ainda tinha um certo charme ao chupar o pescoço das mulheres. O capital, não, ele chupa o sangue dos trabalhadores.

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