quinta-feira, 26 de junho de 2014

SEM CONSCIÊNCIA

O que muda então na avaliação (exame) do dito portador de transtorno mental? 1-o comportamento observável é sobretudo o afetivo-relacional: como o paciente sente e reage ao mundo? 2-as funções psíquicas não remetem a um centro organizador (a consciência, o eu, a pessoa) como modelo de conduta adequada; 3- a capacidade de autonomia social passa a estar ligada aos devires, ou seja, aos processos desejantes; 4- uma pesquisa destes devires se impõe no cerne da questão: que linhas existenciais (ainda, e, principalmente, as insólitas) o paciente constrói? que mundos produz? isso é essencial para a clínica, até mais do que obter um diagnóstico nosológico; 5- traçar, então, um plano de vida que implique a conduta social como movimento singular; o paciente não é, pois, o diagnóstico, sequer a doença (caso exista), e sim, uma composição de multiplicidades ("modos de ser"); resta usá-las como ato terapêutico inscrito no mundo; a diferença, enfim... 
(...)
A.M. 

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