FORA DA ORDEM
(...) O que é o “psíquico”? Ora, a subjetividade ultrapassa o “psíquico”. O “psiquico” padece de versões teóricas marcadas por uma espécie de “interiorização”do universo subjetivo que permaneceria estático ao abrigo do socius ou, pior, jogado às alturas do imaginário, espécie de epifenômeno sobrevoando o que se considera matéria (visão biomédica). Ou, talvez, na versão psicanalítica com seu culto à castração inserida num inconsciente representativo (o simbólico) e transcendente (a teologia). Entretanto, se nos basearmos no Tempo, tudo muda. Tal universo não estará apenas voltado para fora, mas será o Fora. Não mais se trata de formas estáveis ou substâncias formadas. Tudo flui, tudo escorre. Isso é o Fora, ou seja, o Caos, o Acaso. Pensar o “subjetivo”de tal perspectiva é incluir o tempo,a passagem, a“durée”,ao estilo bergsoniano.Portanto, convém não falar em “subjetividade” mas em “processos subjetivos” ou “modos de subjetivação”. Isso melhor condiz com a vida.
(...)
A.M.
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