EXPERIÊNCIA DO DESEJO
O desejo (potência para viver, resistir e criar) não remete a um objeto (uma mulher ou um time de futebol, por exemplo...) mas a um conjunto de signos aos quais tal ou tal significante está ligado. Ou seja, amo uma mulher não só por ela (rostidade) mas por tudo que gravita em torno. O mesmo seria para um time de futebol. O essencial desse dado e dessa analogia é que 1- o desejo é sempre agenciado por forças externas. Não existe o desejo como força interior buscando satisfação linear (descarga, prazer, satisfação...) 2- o desejo é sempre "desejo de desejar", o que faz com o que o objeto seja secundário ( mesmo que importante ) a tal desejo. 3- A chamada carência, falta, tb é desejo, mas desejo enfraquecido. Dito de outro modo, o que importa no fim das contas é a experiência de desejar (alegria) e não o desejo em si, até porque não há "desejo em si". Assim é no amor e nos afetos que o constituem. Há sempre relações: o "amar" e não o amor. Tb na religião, na política, na educação, na clínica, etc.
A.M.
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