domingo, 29 de maio de 2011

Qual ética?

A psiquiatria carece de um trabalho ético profundo, radical. Uma ética não idealista, mas encravada nas condições da  PRÁTICA. Sabemos que as  suas  bases teóricas são simplórias e frágeis, mas  se mantém atuantes  e   poderosas.  É   que   alianças  institucionais  (estado, família, academia, direito, polícia, escola e tantas outras)  capturam o doente mental  num retrato irracional em tempos de razão técnica. Assim,  garantem  a permanência do  Mesmo  sob os disfarces do Crônicamente Novo (a reforma psiquiátrica, as políticas de saúde mental, os debates acadêmicos, etc).  Trata-se de uma sedação sem remédio... 

Antonio Moura


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