Qual ética?
A psiquiatria carece de um trabalho ético profundo, radical. Uma ética não idealista, mas encravada nas condições da PRÁTICA. Sabemos que as suas bases teóricas são simplórias e frágeis, mas se mantém atuantes e poderosas. É que alianças institucionais (estado, família, academia, direito, polícia, escola e tantas outras) capturam o doente mental num retrato irracional em tempos de razão técnica. Assim, garantem a permanência do Mesmo sob os disfarces do Crônicamente Novo (a reforma psiquiátrica, as políticas de saúde mental, os debates acadêmicos, etc). Trata-se de uma sedação sem remédio...
Antonio Moura
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