quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A CONTRA-ORDEM

(...) O enquadre "cidológico" da psiquiatria atual não dá conta da complexidade das crenças e  dos afetos do paciente.Como antídoto, usamos a loucura como uma espécie de "não-conceito",  campo de intensidades fluidas, regime a-significante. Ele segue o fluxo dos devires, empurra e isola a instituição-saúde mental para o campo da repetição serial do Diagnóstico-essência. Em contra-partida, libera um espaço de criação e redefine o propósito de encontrar o paciente e não o de examiná-lo. Sabemos que isso é difícil  pois a saúde mental opera num regime binário de significação: normais ou doentes. É uma marca de poder. Conta com dispositivos reducionistas aguardando ordens: "atire em tudo que se mexer!"
(...)
A.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário