Esse tipo de pensamento ( "a neuromania") estaria reduzindo a nossa humanidade?
Certamente. Reducionismo está em tudo. E a manifestação mais óbvia de reducionismo está em reduzir o mundo ao redor a uma série de estímulos discretos. O que mais me impressiona são nos estudos relacionados ao amor. Sandy Zacki and Ananda Spartels , por exemplo, expuseram voluntários a uma sucessão de fotos com pessoas das quais eles eram amigos. Depois, mostraram a eles fotos de pessoas pelas quais estavam apaixonados. Comparando as respostas dos cérebros aos estímulos, viram o que havia de “a mais” na paixão e concluíram que o amor era uma certa neuroatividade em determinada parte do cérebro. Só que estar apaixonado é muito mais do que responder a um estímulo físico. É algo incrivelmente complicado e o que a neurociência nos oferece sobre isso é apenas algumas sequências de áreas ativadas no cérebro ao se dar um estímulo.
(...)
Raymmond Tallis in Entrevista - novembro 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário