quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

EM BUSCA DA DIFERENÇA

A diferença não  é uma  coisa, mesmo  a  coisa  “valiosa” na visão humanista. A diferença torna-se. Ela é processo afirmativo expresso nas ações do paciente, mesmo que sejam inadequadas e bizarras.  É um grito.  Ora, um psiquiatra  remedeiro, em geral,  quer calar ou afastar o grito. Então, o método, para driblar e ao mesmo tempo usar os fármacos, é outro, trilha desconhecida a explorar.Neste sentido, o percurso do tratamento é incerto.As garantias técnicas se dissolvem. A clínica tradicional desabituou-se a encarar o vazio como resposta aos problemas ditos mentais. Voltamos à perda das referências pontuais e à subjetividade não individuada em papéis demarcados. Quem é o paciente? Quem é o psiquiatra? A partir de   vivências múltiplas, o paciente talvez não queira ser normal, mas diferente. Não há o ser-paciente. Não há o ser-psiquiatra.   
(...)
A.M. in Trair a Psiquiatria 

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