segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O FAZER CLÍNICO DA DIFERENÇA

(...Buscamos uma clínica órfã.Começar do zero. Arriscar o uso de contra-forças. Forças e não poderes.Relações endurecidas é que constituem poderes. Estes não falam mas fazem falar o paciente, convencido de que a sua verdade é a da psiquiatria. Ou vice-versa, tanto faz. Desse modo, a tarefa maior para uma clínica da diferença talvez seja deixar aparecer a fala do paciente. Sem o edipianismo  raso da psicanálise, claro, mas no "interior" do Encontro. Tal fala não tem que ser compreensível nem só verbal. Há outras formas de expressão, às vezes sequer sonhadas pelos que estão embalados ao ritmo da razão triunfante. Fazer a diferença é, pois, sair da psiquiatria para o seu lado de fora (o das instituições) que, ao mesmo tempo, é o seu lado de dentro, ou seja, o do enunciado-diagnóstico. Assim, outro uso do diagnóstico (ou a sua abolição) significa um movimento de "oxigenação" do saber clínico por outros saberes.É possível trabalhar com a arte, a literatura,a filosofia, as ciências"menores",as quais, entre outras semióticas, comporão rizomas. Uma transciplinaridade em ato se esboça e se afirma no trabalho com as linhas desejantes. O que você quer?
(...)
A.M. 

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