DISFARCES
Sociedades de controle ( Deleuze, 1990) funcionam ao ar livre em espaços, corpos e afetos. Servidões explícitas povoam a Terra. São o puro efeito dos poderes : espelhos de carne, estátuas vivas, fósseis modernos. É que tudo está programado para gerar regimes de aparência. O celular. Mesmo e principalmente o self. Este não sou eu, olhe direito, é você, sim, a imagem-soberana. Self, espectro de si, verdade de um rosto sem corpo. No entanto, resta (e resiste) o pensamento, a abstração da abstração, o sem-forma, o invisível, a velocidade infinita. Daí fluxos da internet captam rumores: a vida continua sem fim, ainda que à volta tudo conspire. Por um fim... do mundo?
A.M.
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