ENSAIOS SOBRE A DIFERENÇA - I
Em tempo capitais, a diferença parece inexistir. Do que se trata? O que se passa? O que se passou? Perguntas sem sujeito e sem resposta. Elas boiam num oceano vazio. O mundo atual é um mundo demasiado semelhante, demasiado igual. Torpe e raso. Por toda a parte circulam mercadorias da alma exausta. A diferença percebe esse mundo estranho onde ela não mais se reconhece, exceto por um fiapo de vida solto nos infinitos da mente colonizada. Andei por lados contrários à racionalidade triunfante e a diferença se fez. Me perguntei, ó idiota. Nada há mais a cobrar da consciência esclarecida na igreja racional dos homens de bem. Deus acabou seus dias como mercadoria e fetiche. Murchou a glória dos homens suaves. A diferença incorporou esse dado estatístico nas entranhas do Estado cínico e do Mercado sedutor. No entanto, um coração exangue (qualquer um) faz a prática de resistência... à infâmia, à vergonha e à morte...
A.M.
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