ARTE DO ENCONTRO
(...) O paciente como subjetividade é um processo
composto por linhas
singulares que se misturam
umas às outras. O sistema global dessas linhas compreende o que se chama de organismo, mais precisamente organismo visível. A medicina tecnológica referenda essa concepção exercitando a
prova dos nove da patologia ao fazer “ ver” a doença ou até mesmo ver a “
sua causa” como nos exames por imagem, nas cifras de exames de laboratório, etc. São
realidades clínicas úteis, sem dúvida, mas que esbarram diante de linhas subjetivas
abstratas, daí, sem formas. A arte pode
ser considerada como
o meio, a produção e o produto, a um só tempo, destas linhas
singulares que compõem o
paciente. O meio como caos irrecusável [1] para referências existenciais de sentido. Quem sou? De
onde vim? Para onde vou? A produção como
movimento de expressão do
paciente no mundo, mesmo que seja
num mundo delirante, é o produto como o processo coagulado,
termo final... “este sou
eu”.
(...)
A.M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário