NÃO-SABER
(...) A subjetividade “necessita” de crenças. Poderá até mesmo ser a crença na psiquiatria como remédio para os problemas mentais. Cai-se, então, na redundância. Problemas sempre existem. Contudo, ao falar (ou pensar) “mentais”há uma coisificação do sem-forma,uma substancialização da mente. E usa-se a “coisa=mente” como munição de poder para assegurar um saber sobre o outro, o paciente. Na lógica do Encontro não buscamos um saber, mas um não-saber, já que a loucura é a “essência” do não-saber, fundo sem fundo da condição humana. Então, a pesquisa das crenças segue o itinerário do acaso, do indeterminado e do desconhecido. É uma manobra difícil, já que destrói códigos inscritos no construto médico do louco.
(...)
A.M.
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