quarta-feira, 17 de julho de 2013

NÃO-SABER

(...)  A subjetividade “necessita” de crenças. Poderá até mesmo ser a crença  na psiquiatria como remédio para os problemas mentais. Cai-se, então, na redundância. Problemas sempre existem. Contudo, ao falar  (ou pensar) “mentais”há uma coisificação do sem-forma,uma substancialização da mente. E usa-se a “coisa=mente” como munição de poder para assegurar um saber sobre o outro, o paciente. Na lógica do Encontro não buscamos um saber, mas um não-saber, já que a loucura é a “essência” do não-saber, fundo sem fundo da condição humana. Então, a pesquisa das crenças segue o itinerário do acaso, do indeterminado e do desconhecido. É uma manobra difícil, já que destrói códigos  inscritos no construto médico do louco. 
(...)
A.M.

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