segunda-feira, 10 de março de 2014

À ESPERA

A psiquiatrização da sociedade torna os sujeitos passivos, reduzidos a uma boca que consome remédios químicos e/ou a um corpo-organismo estabelecido à moda dos rituais consumistas. Um círculo social de mármore (gélido como a morte,  exposto nas vitrines da alma torturada) cola e cegueia retinas cansadas e saturadas de imagens onipresentes.Temos o trivial, o  homem comum, aquele que busca o psiquiatra onde este não há mais. O psiquiatra busca o homem comum o qual se enterra de 12 em 12 hs, via oral. .Ele também não há mais, questão de horas.Apesar disso, a psiquiatrização vaza e vence por fim, a barreira cosmo-placentária,os limites da saúde mental instituida e se insere nos gestos mais íntimos. dos humanos.Qual a clínica que resta? Godot se aproxima com hálito de líquidos putrefeitos.

A.M.

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