sábado, 29 de março de 2014

CONCEITO DE SUBJETIVIDADE

Estes aspectos (...) compõem  o que  chamamos de subjetividade, ou mais precisamente, de modos de subjetivação. A maquinação do sentido se fará nas linhas traçadas por esses atributos. Maquinar o sentido é fabricar o sentido. A vivência dessa máquina é a própria subjetivação.  Os modos  de subjetivação são vivências  que constituem a clínica na hora do Encontro. No contexto social e grupal, as vivências são dadas como relações sociais. O paciente traz os seus problemas (ou os trazem para ele) numa  produção  que  já vem inserida nas  instituições. Dir-se-ia que  o próprio paciente é um produto  marcado  como natural, de onde o sentimento do eu recolhe motivos, (a “queixa principal”da anamnese médica ) para viver como portador de transtorno mental. O desejo estaciona e se  produz  nas linhas sedentárias do  “ser-paciente”. O contexto é o das formações capilares, micro-formações de poder  imperceptíveis  ao  senso comum. A chamada mente adquire, assim, um caráter substancialista, sendo decalcada  do cérebro. 
(...)
A.M. in Trair a psiquiatria

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