domingo, 18 de dezembro de 2022

QUAL  ENCONTRO? 


Na minha experiência psicodramática, o conceito de "Encontro" é sem dúvida o mais belo. Ele me trouxe à possibilidade de

1-ampliar o seu significado, conectando-o a autores como Buber (já citado por Moreno), Espinosa, Deleuze e Guattari. 

(Certamente a lista é maior, mas estes já valem pela grandeza do pensar).

2-criar condições teóricas para experimentações clínicas, grupais, institucionais e no imenso e desafiador campo da Educação.

(São dois ítens de pesquisa que se tocam, se cruzam, se misturam como práticas de vida).

Assim, um Encontro não se dá apenas entre pessoas. Bem mais que olhar para si com os olhos do outro, ele é conexão de corpos (humanos e inumanos). Um encontro com ideias, conceitos, bichos, cidades, personagens, artes, políticas, minorias, entidades, etc. A essência de um encontro se faz em não ter essência, e sim, numa produção generosa de criatividade. 

É o ato de criar. Não é fácil, ao contrário. Isso dá trabalho,  problema, é sempre problemático.

O conceito de Encontro expande-se a um deslimite que é o da ética e da estética.

Poucos arriscam essa vertigem da dança sobre o abismo.


A.M. 

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