Pensar o delírio: linhas da diferença - III
11- Se a questão da verdade é fundamental no delírio, todo delírio remete a uma crença ou a um conjunto de crenças (sistema).
12- Na formação subjetiva de cada indivíduo, a primeira crença é a do eu. Quem eu sou? Tal crença vem de fora. O cérebro, como base empírica da mente, processa as informações que lhe chegam. Sem elas ele não existiria.
13- Assim, a verdade é produzida por signos da família, da religião, da escola, do estado, do exercito, etc...
14- Todo delírio vem de fora; a sua forma de expressão vivencial, social, existencial, clinica, e tantas outras, vai depender das condições empíricas do organismo, incluindo-se nele um órgão singular: o cérebro.
15- Nas práticas sociais, obviamente expressas pela linguagem, é onde o delírio vai se afirmar como discurso e corpo; mais profundamente, o corpo como discurso, pois o corpo já é um discurso.
A.M.
Nenhum comentário:
Postar um comentário