domingo, 13 de outubro de 2013

QUÍMICA DA EXISTÊNCIA

(...) As pesquisas neuro-científicas produziram um cérebro-mente, o que se reflete no uso continuado de remédios e associações medicamentosas. É óbvio  que o fármaco atua no sintoma, não mais que no sintoma. Contudo,  isso não significa  obter uma cura ou sequer uma melhora. A somatória dos sintomas leva o médico à conexão simples sintoma-fármaco. Daí o ato de medicar percorrer um roteiro implícito. Ora, é muito raro  que o paciente apresente apenas um sintoma. Então  valeria a equação “vários sintomas = vários fármacos”? Não faltam psicofármacos  para embasá-la, ao contrário. O paciente vai sendo  rostificado  como um “ser que-demanda-remédio”, produzindo a psiquiatria e o psiquiatra num circuito de re-alimentação continua.  
(...)
A.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário