sábado, 1 de março de 2014

SONETO NÚMERO 1


O sexo imprime no corpo
A velocidade de outro corpo:
Camaleão partido em silêncio
Leão de bronze, flagelo.

Roendo a praia de carne
Unha e garra quando onda
Doem na areia, pele adentro
Rosto sem pausa no vento

Abismo de louça escavado
Fracionado pelo espasmo
O leite rosna abafado

Sono ou sonho decepado?
Vácuo, escalo, resvalo
Longe de mim, fraturado.  


Armando Freitas Filho



Nenhum comentário:

Postar um comentário