SONETO NÚMERO 1
O sexo imprime no corpo
A velocidade de outro corpo:
Camaleão partido em silêncio
Leão de bronze, flagelo.
Roendo a praia de carne
Unha e garra quando onda
Doem na areia, pele adentro
Rosto sem pausa no vento
Abismo de louça escavado
Fracionado pelo espasmo
O leite rosna abafado
Sono ou sonho decepado?
Vácuo, escalo, resvalo
Longe de mim, fraturado.
Armando Freitas Filho
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