domingo, 8 de junho de 2014

EROSÃO DO SENTIDO

(...)  O psiquiatra trabalha sem saber de si. Os olhos da loucura arregalam a manhã para além dos muros. Ele sabe que não sabe o instante seguinte, ou onde estará o companheiro de práticas e de clínicas aberrantes. Karl! Suas pesquisas incluem a dor de existir tão profunda quando a aparência dos que vivem das batidas incertas do mundo. Alguma coisa empurra o humor não psiquiátrico para uma alegria suspensa no ar. Sem garantias.Companheiros de textos constroem em sua carne espiritual, infinitos à  mão.Entre si olham retinas ainda não cansadas pelos ardis da Miséria. Uma máquina de fazer o cosmos no mais rente ao chão, se esboça.O psiquiatra fala sem falar para construir pedaços dispersos de uma memória vã. Sem retorno,sem consolos.
(...)
A.M. in Trair a psiquiatria

Um comentário: