quinta-feira, 5 de junho de 2014

NÃO SENTIR

(...)  Para a  psiquiatria  atual  tudo  é psiquiatrizável. Esta sentença  diagnóstica ocupa o lugar de poder respectivo ao enunciado. Importa que o paciente seja medicado e adaptado. O afeto é secundário à tal manobra terapêutica   porque  ele  foi   posto  como consciência do sentimento no pacote nosológico. Se todos são julgados de antemão doentes, não interessa saber o que efetivamente  sentem (qual o afeto?) e sim o que fazem... o mau comportamento... É um regime paranóico guiado pela razão: desconfiar da afetividade.
(...)
A.M. in Trair a  psiquiatria 

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