VIAGENS DE MIGUEL
A "proposta" deleuziana traz um fascínio que produz efeitos de sentido: o "personagem conceitual". Talvez porque ele inspire uma proximidade com a vida, o que nos expõe a radicalidade, extremos... Viver por viver, viver para viver, isso está na "linha-criança" com tal nitidez, com tal perspicácia, com tal verdade, que assombra espíritos tidos e lidos como mais lúcidos, entenda-se, mais amadurecidos, racionais e objetivos. Uma bobagem. Em suma, são portadores do senso comum. Mas, aqui, não se trata da razão esperta. Trata-se de outra coisa, outro universo de sentido, a criança, ou mais precisamente, trata-se de um devir-criança o que assola propriedades privadas (mesmo as do eu) e nos constitui livres, como no caso "Miguel". Miguel tem 4 anos e 4 meses e em tão pouco tempo, provocou um despedaçamento subjetivo que me fez e me faz ser outro sendo eu. Paradoxos à solta. Miguel não é um amor, é o amar, o amar como experimentação inocente. Tal paradoxo só é possível, só se torna possível, se Miguel for impessoalizado e substituído por um processo de vida que transporte o desejo para muito além das paragens humanas intoxicadas por um humanismo raso. Miguel me faz pensar o pensamento sem imagem, e isso ninguém quase ninguém saca, talvez o meu amigo Isac.
A.M.
A "proposta" deleuziana traz um fascínio que produz efeitos de sentido: o "personagem conceitual". Talvez porque ele inspire uma proximidade com a vida, o que nos expõe a radicalidade, extremos... Viver por viver, viver para viver, isso está na "linha-criança" com tal nitidez, com tal perspicácia, com tal verdade, que assombra espíritos tidos e lidos como mais lúcidos, entenda-se, mais amadurecidos, racionais e objetivos. Uma bobagem. Em suma, são portadores do senso comum. Mas, aqui, não se trata da razão esperta. Trata-se de outra coisa, outro universo de sentido, a criança, ou mais precisamente, trata-se de um devir-criança o que assola propriedades privadas (mesmo as do eu) e nos constitui livres, como no caso "Miguel". Miguel tem 4 anos e 4 meses e em tão pouco tempo, provocou um despedaçamento subjetivo que me fez e me faz ser outro sendo eu. Paradoxos à solta. Miguel não é um amor, é o amar, o amar como experimentação inocente. Tal paradoxo só é possível, só se torna possível, se Miguel for impessoalizado e substituído por um processo de vida que transporte o desejo para muito além das paragens humanas intoxicadas por um humanismo raso. Miguel me faz pensar o pensamento sem imagem, e isso ninguém quase ninguém saca, talvez o meu amigo Isac.
A.M.
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