TEMAS EM PSICOPATOLOGIA CLÍNICA - 2
Em saúde mental, para ir ao Encontro do paciente é preciso estar louco. Não o louco-doente, o traste, o consumidor de ordens ao modo psiquiátrico, mas o feiticeiro, o que se conecta com o modo subjetivo de exposição aos signos enviados pelo mundo. Ficar na espreita. Trata-se de um devir-louco, devir-loucura que transporta sensações e percepções para mundos desconhecidos. Não há garantias mentais, exceto as do eu, encolhido sob as velocidades infinitas de um pensamento sem imagem, como no vampiro. Desse modo, ao custo da perda do euzinho privado, adentramos ao universo das linhas de multiplicidades rizomáticas. Mil fluxos afetivos nos transtornam e nos transformam. Em que? Numa linha existencial sóbria, delicada, invisível e potente: a diferença.
A.M.
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