sábado, 17 de abril de 2021

NOVOS MUNDOS

A subjetividade moderna é atravessada e determinada por mil fluxos eletrônicos que chegam de fora e de todas as partes. Dizer "eu sinto", "eu penso", "eu percebo", "eu ajo", etc, são funções subjetivas desatreladas ao nível da consciência (ou intencionalidade) da mesma. Politicamente o eu tornou-se um cadáver gordo. Esse dado constitutivo do real atual atesta o momento histórico de um aniquilamento do sentido da existência. Olhe para todos os lados, todos os cantos, todas as terras, todos os países, todas as nações e constate a dissolução profunda dos valores e das crenças. No entanto, ao invés de apelar para a salvação religiosa (mesmo a ciência e o capital tornaram-se religiões laicas...), por que não considerar que a experiência de erosão do sentido da existência pode ser um profundo desejo do novo?  Por que não criar novos modos de viver? 


A.M.

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