segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Perplexidades órfãs – II


1-O paciente deprimido crônico e incurável baixa meu humor. Me sinto um inútil.

2-Há uma poética do mundo.  Ela roça a pele das manhãs. E faz brilhar.

3-Escute com atenção, cuidado e leveza tudo que o delirante diz. Não esqueça de guardar seu próprio delírio para você mesmo.

4-Tenho quinhentos e vinte e um anos e nunca vi o Brasil tão descachimbado.

5-O tempo e a morte a tudo e a todos nivelam . Até os canalhas sabem.

6-Um amigo psiquiatra me disse outro dia que ainda estou em tempo de mudar de profissão.

7-O povo afegão não é o Taleban. Será que avisaram os americanos?

8-Sempre trabalhei com a esquerda. Como lateral fazia muitos cruzamentos, claro, pela esquerda. Belos gols de cabeça, ó companheiros!

9-Não gosto quando chamam o nosso presidente de Belzebu. Não me agrada. E olhe que estou sendo sincero.

10-As mulheres afegãs valem menos que rãs.

11-Em Vitória da Conquista, andar de Hyllux (e similares) é uma conquista.

12-Em psiquiatria há histórias clínicas tão ricas e trágicas que os pacientes deveriam ser remunerados.

13-Com poucas exceções,  professores universitários costumam ser pernósticos (isso é antigo).

14-Previsões de Baba Vanga para 2022: não haverá carnaval, mas haverá eleições para presidente. Na marra.

15-Cuidado! Quem parece louco, não é. Quem não parece, é. Eis o dilema da psiquiatria e seus sequazes.

16-O fascismo à brasileira é marcado por ideias de alta conspiração. Brasil contra tudo e Deus contra todos.

17-O petista ainda não resolveu seu luto histórico e devastador. Imagino a sua dor. Mas isso não justifica vir atormentar e encher o saco dos espíritos livres. 

18-Na recente passeata dos blindados em Brasília havia um tanque soltando um flato. Sem parar.

19-Setembro está chegando para lembrar que o suicídio está ao alcance de todos.  De quem foi essa ideia macabra?

20-Não toque na vida. Ela é quem toca em você.


A.M


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