Perplexidades órfãs – II
1-O paciente deprimido crônico e incurável baixa meu humor. Me sinto um inútil.
2-Há uma poética do mundo. Ela roça a pele das manhãs. E faz brilhar.
3-Escute com atenção, cuidado e leveza tudo que o delirante diz. Não esqueça de guardar seu próprio delírio para você mesmo.
4-Tenho quinhentos e vinte e um anos e nunca vi o Brasil tão descachimbado.
5-O tempo e a morte a tudo e a todos nivelam . Até os canalhas sabem.
6-Um amigo psiquiatra me disse outro dia que ainda estou em tempo de mudar de profissão.
7-O povo afegão não é o Taleban. Será que avisaram os americanos?
8-Sempre trabalhei com a esquerda. Como lateral fazia muitos cruzamentos, claro, pela esquerda. Belos gols de cabeça, ó companheiros!
9-Não gosto quando chamam o nosso presidente de Belzebu. Não me agrada. E olhe que estou sendo sincero.
10-As mulheres afegãs valem menos que rãs.
11-Em Vitória da Conquista, andar de Hyllux (e similares) é uma conquista.
12-Em psiquiatria há histórias clínicas tão ricas e trágicas que os pacientes deveriam ser remunerados.
13-Com poucas exceções, professores universitários costumam ser pernósticos (isso é antigo).
14-Previsões de Baba Vanga para 2022: não haverá carnaval, mas haverá eleições para presidente. Na marra.
15-Cuidado! Quem parece louco, não é. Quem não parece, é. Eis o dilema da psiquiatria e seus sequazes.
16-O fascismo à brasileira é marcado por ideias de alta conspiração. Brasil contra tudo e Deus contra todos.
17-O petista ainda não resolveu seu luto histórico e devastador. Imagino a sua dor. Mas isso não justifica vir atormentar e encher o saco dos espíritos livres.
18-Na recente passeata dos blindados em Brasília havia um tanque soltando um flato. Sem parar.
19-Setembro está chegando para lembrar que o suicídio está ao alcance de todos. De quem foi essa ideia macabra?
20-Não toque na vida. Ela é quem toca em você.
A.M
Nenhum comentário:
Postar um comentário