sábado, 15 de janeiro de 2022

CAPS SEM REMÉDIO

O trabalho de equipe num Caps, para ser turbinado, compreende  uma superação  da hegemonia psiquiátrica. Não nos referimos à figura do psiquiatra (nada pessoal) nem aos seus equipamentos químicos (fármacos à mão cheia)  mas à forma-psiquiatria, instituição secular registrada na  mente e no DNA dos técnicos não-psiquiatras. É claro que há outros elementos em jogo, outras condições  para a mudança. Mas essa questão é essencial. Ela implica na produção de novas clínicas, novas psicopatologias descoladas do modelo biomédico. Desse modo, o Caps sairia do ranço manicomial e do jeitão de ambulatório camuflado.  Difícil.

A.M. 

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