CONTEXTUALIZAR O ENCONTRO
É possível situar o Encontro no campo da saúde. Significa ampliar o significado para além da relação técnico-paciente e ao mesmo tempo usar tal relação como território de sentido em práticas clínicas. Ou seja, pensar a saúde num universo coletivo e intervir sobre o paciente enquanto corpo. Contudo, distinguimos "organismo" (sistema de órgãos) e "corpo" (processo de vida nem sempre visível). Trata-se, no caso do encontro, de acessar novos campos de energia. Isso não é fácil. São corpos que só existem em relação com outros corpos. Uma implicação ética marca o contexto. Onde?Quando? Para que? Por que? etc Tal base conceitual faz pensar ( e criar) o Encontro fora do modelo biomédico. A medicina, devido ao modelo positivista que adota ( organismo visível, palpável, mensurável) , e também à sua aliança com o capital (a mercadoria saúde, sempre mais lucro), costuma promover o anti-encontro disfarçado de intenções humanistas. Para ir contra esse estado de coisas, o Encontro em saúde é uma conexão diferente com quem necessita de ajuda e não é escutado. A visão médica não é descartada, mas enriquecida. Remete a outras formas de sensibilidade, intuição e percepção clínica.
A.M.
Esse encontro em saúde remete à utopia de um outro mundo possível em gestação como anunciou a querida Rose Muraro. A utopia é possível?!
ResponderExcluirRose Marie Muraro, que saudade.
ResponderExcluirA utopia é possível, sim.
Ela me move.