Deleuze e a sociedade de controle
Em uma entrevista a Toni Negri, que a conduz sempre na linha política, Deleuze critica os movimentos revolucionários distinguindo-os da sua forma de se fazer revolução: “Diz-se que as revoluções têm um mau futuro. Mas não param de misturar duas coisas, o futuro das revoluções na história e o devir revolucionário das pessoas. Nem sequer são as mesmas pessoas nos dois casos. A única oportunidade dos homens está no devir revolucionário, o único que pode conjurar a vergonha ou responder ao intolerável.”O devir revolucionário é uma máquina de guerra que tem à sua frente um grande inimigo, um novo regime de dominação. Não mais, apenas, o confinamento e a vigilância que seqüestram a vida do indivíduo e da massa a qual ele pertence, mas o controle, que na virtualidade do real modulam ilimitadamente a vida. Estamos na vergonha e no intolerável, “estamos entrando nas sociedades de controle, que funcionam não mais por confinamento [não que os mesmos ainda não persistam], mas por controle contínuo e comunicação instantânea”
(...)
Miguel Ângelo, extraído do site Estéticas da Biopolítica
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