PARA ACABAR COM AS OBRAS PRIMAS
Devemos acabar com essa superstição de textos e poesia escrita. A poesia escrita vale por uma vez e que seja destruída em seguida. Que os poetas mortos deixem seu lugar para os outros. E é fácil perceber que nossa veneração diante do que já foi feito, por mais válido e belo que seja, nos petrifica, nos estabiliza e nos impede de tomar contato com a força que está acima, quer a chamemos energia pensante, força vital, determinismo das trocas,menstruações lunares ou qualquer outra coisa. Sob a poesia dos textos existe uma poesia pura e simplesmente, sem forma e sem texto (...)
A. Artaud
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