sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PARA ACABAR COM AS OBRAS PRIMAS

Devemos acabar com essa superstição de textos e poesia escrita. A poesia escrita vale por uma vez  e que seja destruída em  seguida. Que os poetas mortos deixem seu lugar para os outros. E é fácil perceber que nossa veneração diante do que já foi feito, por mais válido e belo que seja, nos petrifica, nos estabiliza e nos impede de tomar contato com a força que está acima, quer a chamemos energia pensante, força vital,  determinismo das trocas,menstruações lunares ou qualquer outra coisa. Sob a poesia dos textos existe uma poesia pura e simplesmente, sem forma e sem texto (...)

A. Artaud 

Nenhum comentário:

Postar um comentário