O CÉREBRO SENTE
(...) Implicar-se no fluxo dos devires: no devir-pensamento, ou seja, no cérebro como junção da Natureza com o Pensamento. Cérebro=pensar; não o cérebro-objeto das neuro-pesquisas, mas o cérebro=modo de subjetivação. Para além e aquém da consciência, “o cérebro é o próprio espírito” (Deleuze-Guattari, O que é a filososfia?). O que chamamos de espírito é o pensamento. E o paciente, quem é? Ele é uma multiplicidade em ato, “oferecida” a quem o examina. Reduzi-lo a um organismo físico-químico ou a um eu recitando “papá-mamã”, equivale a um homicídio simbólico cientifica e academicamente respaldado. Ao contrário, todo paciente é uma realidade irredutível às categorias da pessoa e do indivíduo. Esta é a condição prática para uma clínica do Encontro ou das multiplicidades.
(...)
A.M. in Trair a Psiquiatria
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