domingo, 14 de setembro de 2014

A Doença produzida

Maquinar o sentido  é fabricar  o sentido. A vivência dessa máquina é a própria subjetivação. Os modos  de subjetivação são vivências que constituem a clínica  na  hora do Encontro. No contexto social  e grupal, as vivências  são dadas como relações sociais.O paciente traz  os seus problemas (ou  os  trazem  para ele) numa  produção  que  já vem inserida nas  instituições. Dir-se-ia que  o próprio paciente é um produto marcado como natural, de onde o sentimento do eu recolhe motivos, (a “queixa  principal” da anamnese médica ) para viver como portador de transtorno mental. O desejo desliza e se produz nas linhas sedentárias do “ser-paciente”. O contexto é o das formações capilares, micro-formações de poder imperceptíveis ao senso comum. A chamada mente adquire, assim, um caráter substancialista, sendo decalcada do cérebro. Por extensão,a subjetividade endurece seus contornos neuro-fisiológicos, respondendo ao discurso técnico com um território   previamente  constituído. O paciente diz amém...  
(...)
A.M. in Trair a Psiquiatria

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