terça-feira, 2 de maio de 2017

A FUGITIVA

O barco aguarda
em algum ponto da enseada.
As antenas saltam dos telhados
como lanças ao sol.
Ela amanhece. Ela tarda.
Escondida entre os arbustos
e os anões-de-jardim.
Fugida.
A caminho do porto ela transtorna
desnorteia o velho marinheiro.
Dizem que foge de um amante gelado
e fala sem parar nas ilhas do sul.


Eudoro Augusto

Um comentário:

  1. Não me conformo...
    Também ñ serei uma fugitiva, ou serei...?!

    ResponderExcluir