sábado, 27 de fevereiro de 2021

O CONHECIMENTO DEIFICADO

O aparelho universitário, onde, talvez, fosse (ou devesse) ser o lugar do Pensamento, na verdade, é bem mais uma peça pregada no coração dos súditos orgulhosos do capital. Professores e pesquisadores: Eles pensam que pensam, mas não pensam. Somente reproduzem ordens implícitas. Esta é a função da conserva. Mestres, doutores, pós-doutores, toda a galera arrogante dos condutores do "pensamento do real", adotam a estratégia do refúgio controlado aos fluxos do acaso e às intempéries do capitalismo aparentemente vencedor. Todos, ou quase todos, se protegem. Normal.  É claro que é preciso salvar a própria pele e se dar bem. Sobreviver, enfim. O custo são as tetas dadivosas do Estado, sempre interessado em prover e promover justificativas honestas (financeiramente à altura) ao bem do cidadão. Mas se o Estado é o monstro, como diz Nietzsche, tal disparidade de poderes torna possível usar a camuflagem como expressão de uma vida sem guerra, mas de puro combate. Nas trevas.

A.M.

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