PSIQUIATRIA: SAIR DE SI MESMA
Para ser possível pensar ( e não refletir sobre...) a Saúde Mental, é necessário fugir da psiquiatria como "concepção de mundo". Tal manobra conceitual só se torna possível abrindo-a aos fluxos de saber que estão fora, que são o fora, e com ela compõem agenciamentos produtivos de desejo. Desejo é produção. Tal é o caso da arte. Não como arte mercantil, monumental ou contemplativa, mas como expressão subjetiva de modos de viver. Mas não só a arte. Outros saberes, mil saberes circulam livres "à espera"de encontros com a clínica que travou a psiquiatria num nó neurobiológico e capitalistico. Seus compromissos políticos (às vezes implícitos e inconfessáveis) com agências de poder (Estado, Escola, Direito, Família, Polícia, Mídia, Mercado, etc), fazem dos possíveis encontros desencontros, ou simplesmente maus encontros. Sob tais condições, fazer uma psiquiatria da Diferença e não da Semelhança, e não da Academia, e não dos Remédios químicos, e não do Eu, e não da Verdade científica, implica em práticas isoladas e heteróclitas. Talvez sob camuflagem.
A.M.
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