ÉTICA E CLÍNICA
A psiquiatria chama o seu paciente de “portador de transtorno mental”. Nem sempre explícito, tal enunciado está na bíblia dos diagnósticos, a CID. A expressão “mental”é usada de modo naturalizado, ou seja, todo mundo sabe o que é “mental". A metonímia “ele é um mental”expõe o nervo do estigma.Contudo, no Encontro com a loucura, acontece outra coisa: a mente some como substância, ou como algo palpável. Dilui-se num vazio sem forma.
Encontrar o paciente seria então possível?
(...)
A.M.
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