ARTE DO DELÍRIO
(...) A arte não é feita para comunicar, mas para expressar (e criar) modos singulares de ser. Não é para referendar, reproduzir o mundo objetivo ( o dado empírico), mas para recriá-lo sob a lógica do acontecimento. Tudo flui, tudo passa. Nessa voragem de sensações, os processos subjetivos buscam a arte como uma linha, ainda que tênue, de contato com o sentido, buscando produzi-lo. Como foi dito, produto e produção se fundem num território existencial, ainda que precário. No fundo, a experiência da loucura espreita as experimentações, seja em pacientes classificados como psicóticos, ou em pacientes não-psicóticos mas com características de inadaptação e/ou fracasso no convívio social. A experiência da arte substitui a do delírio e traça linhas não racionais.
(...)
A.M.
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