AS REGRAS DO JOGO
(...) Onde anda o desejo? Ele costuma ser trocado por dinheiro e transcendências astutas: a Esquerda. Em contrapartida, as novas gerações tendem a aceitar o mundo como o melhor dos possíveis e para o qual não há fora, não há o fora, nem sequer é possível dar o fora. Trata-se de uma espécie de paralisia coletiva do pensamento. Este se revela como técnico-cognição enxuta: isto é um celular, isso é protocolo, esta é uma lição pedagógico-terapêutica-comportamental. As práticas da vida moderna norteiam-se pelo pensamento da representação: identidades petrificadas, especialismos à mão cheia. Um desejo humanista se imiscui em redes sinápticas (ou internéticas) enquanto o deus-capital dita normas implícitas de sobrevivência. O mundo prossegue em busca da salvação.
(...)
A.M.
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