sábado, 24 de agosto de 2013

AFETOS LOUCOS

O encontro com o paciente substitui  o exame, já  que o paciente “se  sustenta”   pelos  afetos. O exame não  capta  os  afetos. Ele  busca  visibilidades. Mas  a mente não  é  visível, mensurável ou palpável. O humor é o afeto que mais se aproxima de uma “mensuração”. Há graus de variação  a  respeito. Desse modo,  a opção  pela  pesquisa do  humor  não  deixa de considerar a sua  importância semiológica. A clínica do  Humor é uma prática que  se impõe, às vezes  de forma positivista, fabricando deprimidos crônicos no lugar de subjetividades potentes. Deprimidos crônicos.Contudo, para além do humor , afetividades  insistem. O  problema  é: quem  as  detecta? Os  afetos são mais profundos que o  humor, se  ligam  às  crenças  e  é através  delas que  o paciente obtém uma consistência básica para  existir. “Eu acredito”, diria alguém, mas “acredita em quê? Os afetos se sustentam no nada No entanto, a criança acredita, só isso,ela é a própria vida em regime de expressão absoluta.
(...)
A..M

Nenhum comentário:

Postar um comentário