NA CONTRA-CORRENTE
(...) Legiões de psiquiatrizados de toda parte ajoelham-se no altar dos psicofármacos e dos cérebros à mão. Tudo conspira a favor do consumo de pacotes cientificamente autorizados para ações lucrativas. No entanto, mesmo desbotada e segregada nos grilhões cidológicos, a diferença resiste. A ética da potência de viver afirma-se como ética de poetas itinerantes.
O discurso e a prática da diferença exploram o avesso da ordem do estado capitalístico.Quem se interessa em criar, fazer nascer? Pergunta insana, na medida em que os poderes investem na repetição do Mesmo e no rigor mortis do pensamento. Por isso, uma clínica da diferença considera as determinações sócio-políticas como sendo a sua superfície de ação mais concreta. A clínica do Encontro sem o travo humanista. Em suas pesquisas, não encontra respostas exatas, mas problemáticas instigantes.
(...)
A.M.
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