O DSM se alterou devido, muito mais, à questões meramente políticas, do que científicas.
O DSM, manual que os psiquiatras utilizam para diagnosticar pacientes, não oferece meios concretos para uma constatação objetiva e rigorosa. Diagnosticar alguém, em psiquiatria, envolve critérios subjetivos. Não há qualquer exame biológico que possa demonstrar a existência da imensa maioria dos transtornos do DSM – que, a cada versão lançada, acrescenta novas doenças. Patologizamos comportamentos sociais e culturais. Além disso, estigmatizamos as pessoas. O que é estigmatizar? É tomar a parte pelo todo. É classificar alguém de acordo com sua “doença” ou “transtorno”, como se fosse apenas isso. As pessoas, diagnosticadas por algum transtorno psiquiátrico, costumam dizer: tenho transtorno bipolar, depressão, ou TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). À partir disso, o mundo e os outros, acaba por incapacitar o indivíduo, como um todo, simplesmente por ser “depressivo” ou “bipolar”. Mas, espere um pouco… E para além disso? Quem é o “bipolar” para além de sua “doença” (se é que ela existe)? Existe alguém para além do diagnóstico? Certamente!
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Extraído do blog "Pensar além"
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