quinta-feira, 17 de abril de 2014

SUBJETIVIDADE ÉTICO-ESTÉTICA

(...)  Podemos abarcar todo o sistema  nosológico psiquiátrico para demonstrar que o paciente está de antemão submetido à forma psiquiátrica, produzindo-o antes de tudo como massa passiva à espera  de  ordens. Tal situação é a de um anti-devir. Por isso,a "ciência psiquiátrica" na verdade é um sistema classificatório de condutas e pode  ser  visto como uma proteção erguida contra o caos. Neste sentido, o trabalho da reforma psiquiátrica, incluindo-se o libelo anti-manicomial, só poderá  efetivar-se como Mudança na medida em que for diretamente subjetivo; trabalho de produção  da Clínica, mais precisamente de Clínicas não alternativas e sim diferentes que usem da psiquiatria materiais esparsos, pedaços de uma clínica-outra. Tudo isso e mais as ações institucionais das políticas públicas compõem máquinas de fabricar o Sentido.
(...)
A.M.

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