quarta-feira, 21 de maio de 2014

PARA ALÉM DA CONSCIÊNCIA

(...) é  com Karl  Jaspers que  o conceito  de consciência adentra ao  universo  psicopatológico  não médico. Sob a influência  da fenomenologia, ele  trabalha elementos conceituais para ser posssível pensar uma “outra” consciência  não  redutível às  estruturas  neurocerebrais. É a consciência intencional. Ela constitui a “essência” da vida psíquica. Divide-se em consciência do eu e consciência do objeto. Desse modo, Jaspers usa o conceito  de eu (e por  extensão  o de objeto) atrelado ao conceito de consciência.  Quando  fala em consciência, a intencionalidade torna-se a expressão  do eu  no mundo. O mundo  é  o objeto, já que  esse  objeto é considerado em relação ao eu (sujeito da fenomenologia). A partir desse dado teórico ocorre uma curiosa mistura  de conceitos nos manuais de psiquiatria  ao longo do século XX. De um lado a consciência neurocerebral. Do outro, a consciência psicológica assumindo a orientação fenomenológica.
                           É  importante registrar,  que, em ambos os casos, o conceito  de  consciência está submetido ao universo da representação, o que significa a adoção da “identidade”como referência teórica  implícita.   
(...)
A.M. in Trair a Psiquiatria

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