A luta pela diferença passa por uma rachadura no conceito de saúde mental. Desse modo, o espaço-tempo do trabalho com o paciente alarga-se ao ponto de não mais pertencer ao mercado da saúde mental e sim aos territórios coletivos conquistados no encontro com a loucura. Dissolve-se o conceito de transtorno mental, aliás, um pseudo-conceito. Quem é o doente? O que é doença? Não há certezas. Este fato é condição elementar para desfazer a saúde mental como organização da forma-Estado (as famosas políticas públicas) e substitui-la por uma clínica órfã e molecular, produzindo e operando seus próprios códigos. Um novo regime de signos poderá, então, surgir dos problemas (sempre há) que o paciente traz. O diagnóstico submete-se ao contexto social e não o contrário.
A.M.
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