sábado, 28 de março de 2015

APRENDER  COM  DELEUZE

(...) Ora, e aqui chego ao conteúdo em si, ao objeto de minha apresentação, depois de ter evocado o que poderia parecer o simples envelope, a simples forma; ora, repito – compreendamos corretamente –, o impulso inicial e permanente do pensamento de Deleuze consiste em liberar todo pensamento daquilo que o entrava e o deforma. Impulso de liberação, de desembaraçamento, igualmente válido naquilo que chamamos de prática da vida cotidiana ou na política: desembaraçar-se das divisões e regras artificiais, dos poderes, das instituições, dos impedimentos, das representações, das idéias feitas, dos clichês; de tudo que desvia e bloqueia os processos postos em movimento. Desembaraçar-se de tudo o que imobiliza, que sedentariza: palavra-refrão. Se há algo, antes de tudo, que aprendemos com ele, que dele guardamos, que é sua marca própria e sua luz, é exatamente esse apelo a reativar sem parar o movimento.
(...)
René Schérer in Aprender com Deleuze

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