VIAGENS DE MIGUEL
Aos 4 anos, Miguel reafirma um personagem conceitual. Para isso, Deleuze respira e me inspira. Ele (Miguel) circula, muitas vezes, pelado, pelos cantos e escaninhos da Casa. É preciso dizer que usamos a casa como o seu universo de sentido, o qual , quase sempre não é o nosso, adultos seguros de si, adultos normais, normalizados. Miguel, então, aparece e brilha quando menos se espera, desejo, puro desejo, sempre a buscar e obter conexões de toda ordem. Ele delira o mundo e o cosmos. Daí e aí o Momento se faz: um confronto, um grito, uma recusa, uma contradição, tudo multiplicado por mil. Miguel, forte, potente, charmoso, intenso, assedia a natureza pois a natureza são seus vôos terrestres (imanentes) onde as imagens (tão profusas...) lhe inserem devires. Isso tudo se me escapa (tenho que admitir...) e ao mesmo tempo me captura numa série existencial intrigante. Miguel=Vida, quem és?
A.M.
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