(...) (...)
VI
Nenhuma lição nesta paisagem
que não o fartamente conhecido:
as coisas nos lugares, engrenagens
do estar-em-si, do tudo-é-relativo,
etc. A mesma grafitagem
inconseqüente de sempre: rabisco
logo existo. — O mundo segue opaco,
imune à consciência e seus lampejos
de lógica, sua falta de tato,
sua avidez, seus deuses e desejos.
(Aqui termina o sonho. Fim das névoas,
caramelos e almofadas formidáveis.
Daqui pra frente, as portas sem remédio
e todas as maçãs assassinadas.)
Paulo Henriques Britto
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