A DIFERENÇA NA SAÚDE MENTAL - VI
Partimos da concepção do paciente como multiplicidade desejante. Trata-se de uma questão prática enfiada na clínica psicopatológica como o que lhe dá sentido e movimento. Falávamos sobre o paciente que "vive em situação de rua". Ora, a "forma-rua", encaixada no pensamento atual da psiquiatria (e suas agências de poder), estabelece uma espécie de clichê urbano que diz: "quem vive na rua sofre de algum transtorno mental". Isso discrepa do fato empírico de quem vive na rua (quem?) segue linhas desejantes da e na própria rua. Impossível separar rua e subjetividade. A rua é a própria subjetividade, ainda que expressa em faces irreconhecíveis pelo senso comum. Buscamos outras potências de viver no interior mesmo do anti-movimento ao capital, operador semiótico planetário. Estamos em outra.A diferença é o diferente sem redundâncias existenciais, somente lógicas. Assim, quando se diz "saúde mental" tudo está em jogo, até esse texto e você leitor.
A.M.
A.M.
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