Com a pandemia o mundo mudou, ou mais precisamente, o mundo está mudando em direção a... quem sabe? O comportamento do vírus ainda está sendo estudado. Ele é muito veloz e competente. Mas é escasso o conhecimento sobre seus gostos e desgostos. Talvez por isso de todas as partes surja alguma opinião: "Cloroquina nele". Isso ecoa em milhões de ouvidos e olhos ansiosos por uma solução rápida e definitiva. Mas o essencial, vale repetir, é que não apenas o mundo mudou, mas algo está mudando. Todo o sistema produtivo mundial (material e subjetivo) está em cheque (ou em choque) frente a uma espécie de caotização das relações sociais. Estas incluem relacões políticas, técnicas, familiares, de vizinhança, trabalhistas, pessoais, amorosas, etc... chegando até a micro-relações consigo mesmo como no confinamento, ou mais radicalmente, na quarentena. Quem sou eu nesse lugar fechado? Só vejo a mim num imenso espelho "me protegendo do contágio com o mundo". No entanto, é possível criar modos de subjetivação (estilos de produzir um tempo ou o que fazer do tempo) que apontam para surpresas do que é viver para além de sobreviver.
A.M.
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