quinta-feira, 16 de abril de 2020

O RITMO DA VIDA

Para quem testemunhou e/ou cultua a era do samba-jazz, vivida na efervescência das boates cariocas e paulistas da década de 1960, a morte do baterista e compositor Rubens Antonio Barsotti (16 de outubro de 1932 – 15 de abril de 2020), aos 87 anos, soou como nota especialmente desafinada.

Ocorrida na madrugada de quarta-feira, 15, na cidade natal do músico paulistano, em decorrência de complicações de operação no fêmur, a morte de Rubinho – como o baterista era conhecido e chamado no meio dos instrumentistas – repõe em pauta a maestria de músicos daquela geração na arte de tocar bateria.

Em bom português, na arte de manusear a bateria como refinada máquina de ritmo, proeza alcançada pelo autodidata Rubinho e por alguns poucos colegas de ofício como Dom Um Romão (1925 – 2005), Edison Machado (1934 – 1990) e Milton Banana (1935 – 1999). Não por acaso, todos esses ases foram bateristas ligados à bossa nova, matriz do samba-jazz.

Rubinho Barsotti saiu de cena para ficar na história como integrante da formação original do Zimbo Trio, grupo fundado em 1964 com Rubinho na bateria, Amilton Godoy no piano e Luiz Chaves (1931 – 2007) no baixo.
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Mauro Ferreira, Globo.com, 16/04/2020, atualizado há 6 hs.


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