Perplexidades órfãs – IX
Venho escutando suicidas-em-série. Quilos de sertralina pesam na consciência. Onde iremos parar?
Existe uma poética dos não-poetas. São linhas arejadas que ajudam a viver o fora. Fora da ordem, fora da lógica. Fora do capital.
A pandemia está em declínio, sim, mas não passará. As máscaras não cairão. Acostume-se ao disfarce.
Não sei mais o que é uma psicose. O gesto dos humilhados embaralhou os signos. Ando buscando um diagnóstico.
A semana passa rápido. Tudo passa rápido. Velocidades se aceleram, amores se esfumam.
O genitor de um paciente me disse ontem que ainda está a avaliar se a vacina anti-covid serve (para o filho) ou não. Ó servo do genocida!
Transtorno mental não é igual a loucura. Transtorno mental é invenção da psiquiatria. Loucura não. Ela é coisa de poetas e amantes. Não dá pra discutir. Só para experimentar.
O vulcão da ilhas Canárias pulsa o vermelho das canções e dos sons apaixonantes. A natureza e suas potências. O perigo.
Um Caps pode se tornar um manicômio disfarçado. Cuidado.
Não demonize os bolsonaristas. Lembre-se: você pode ser um deles e não saber.
A.M.
Cada parágrafo é um texto. Sua escrita muito se assemelha aos manifestos das vanguardas. Concisão e potência
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